quinta-feira, 24 de setembro de 2009

O que é científico? Rubem Alves

Parte I
Em Dupla

RESUMO & ANALISE

Colega cheio de títulos que está escrevendo um livro que dizem não servir por não ser cientifico. O que é cientifico?

Não é filosofo pois depende das imagens (que são o brinquedo dos sentidos).

A pergunta do amigo lhe trouxe imagens que o fizeram contar uma estória.

Águas de um rio misterioso, que era conhecido por não ter fim, mesmo muitas pessoas morrendo nele acreditavam que ele era encantado, construíram altares com chamas que nunca apagaram contavam histórias e poesias em volta.

No rio habitavam seres estranhos: alguns saltaram da agua e depois voltavam, outros iam até a superfície e voltavam outros nunca subiam, e havia sombras que deslizavam pela profundeza. Porem nunca ninguém havia conseguido capturar uma das criaturas do rio, magia, encantamento, filosofias, e religiões eram inúteis, haviam escrito um monte de livros sem capturar nenhuma criatura do rio.

Um aldeões pensou um objeto nunca pensado (O pensamento é feto, a mente o útero e a imaginação a fecunda).

O objeto havia vários buracos para tudo que não desejava escapar e barbantes para segurar o que queria (peixes) ele teceu uma rede.

Todos riram da rede que teceu pois havia buracos, ele nem ligou, amarrou a rede e foi dormir, no dia seguinte havia pego uma criatura do rio: um peixe.

Foi um alvoroço todos achavam que a rede era um instrumento de feitiçaria, o ameaçaram com a fogueira. Outros ficaram alegres e trataram de aprender a fazer redes e criaram diversos tipos para diferentes formas de uso.

A nova língua tinha um nome, ictiolalês (traduzido por linguagem de peixe) - as coisas só são importantes quando se falam delas, tudo o que não sei falar não é real.

As redes os pescadores e os peixes eram bons. Porem as redes não pescavam qualquer coisa do mundo, haviam muitas coisas que os membros da confraria não conseguiam pescar pois exigiam redes de outro tipo e nem sempre estavam no mar.

O que é cientifico? É aquilo que é reconhecido na confraria dos cientistas (aquilo que se pesca com as redes no rio) porem os cantos dos sabiás talvez jamais serão pescados com aquelas redes no grande rio.


O texto faz uma comparação com pesquisas de fundamento cientifico e peixes com redes de pesca.

O peixe só era valido se fosse pescado com a redes reconhecidas pela confraria dos cientistas, ao mesmo passo que uma pesquisa cientifica só é valida se tem algum fundamento de estudo e não foi simplesmente tirada de algum lugar que não conseguimos comprovar o que estamos dizendo, e é exatamente neste ponto que o texto diz: “Mas há também os céus e as matas que se enchem de cantos de sabiás...Lá as redes dos cientistas estão sempre vazias” pois os cantos dos sabias nunca serão encontrados no rio e jamais serão pescados com as grandes redes.

Para visualizar o texto completo: http://www.geocities.com/spaprado/oqueecientificorubemalves.html

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Exposição

Amilcar de Castro e Willys de Castro

A exposição reune obras com um ar geométrico bem aparente, aliado a cores fortes e vivas. Percebe-se um “que” de moda na exposiçao, não só pelas formas em sí, mas tambem pela maneira em que elas são combinadas desde formas mais abstratas até angulos mais retos e precisos onde se vê a matematica envolvida, e é exatamente neste ponto que podemos perceber a relação com a moda e como pode ser facilmente se relacionada.

A exposição trouxe alguns trajes com estampas projetadas nos tecidos, o que se usou muito durante a década de 60, apesar da aparencia infantil e jovial da época, a moda apropriou-se dos efeitos visuais: geométricos e psicodélicos, trazendo-os para as roupas em forma de estampas.

A geometria pode estar diretamente ligada com a modelagem, seu desejo de construir uma nova permanência única e majestosa, que tivesse uma relação viva e orgânica com o espaço.

Sobre os poemas com repetições de paravras e letras, não posso deixar de citar os modelos de Dior da “Linha A” (1955) que tinham uma forma triangular acentuada, poderiam ser vestidos ou saias com casacos que se abriam na parte do busto ou da cintura para formar os dois lados de um A triangular, compondo a bainha do terceiro lado, e que tambem houve a “Linha Y” mostrava golas grandes em forma de “v” e estolas gigantes.

Adota tambem o neoconcretismo, um gosto por formas desconstruidas e seu fascínio pela dimenssionalidade; na moda isso ocorre da maneira em que compomos um look: peças que devem se encaixar de forma harmonica como um quebra cabeças.

Ha quem diga sobre suas obras: “Escultura é Corte e Dobra, Torção e Adição” – assim como na moda.

Amilcar fez diversas esculturas usando ferro, material que leva mais de 100 anos para se decompor, exatamente como um estilista que sonha em desaparecer no infinito deixando seu nome gravado na história.

Carla Carolina Parga