sábado, 27 de junho de 2009

Elizabeth - A Era de Ouro


Ficha Técnica:
Título: Elizabeth - The Golden Age
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 114 minutos
Ano de Lançamento (Inglaterra / França): 2007
Foi indicado na categoria de Melhor Atriz (Cate Blanchett).
Vencedor do Oscar de Melhor Figurino.

Sinopse:
Inglaterra, 1585. Elizabeth I (Cate Blanchett) está quase há três décadas no comando da Inglaterra, mas ainda precisa lidar com a possibilidade de traição em sua própria família. Simultaneamente a Europa passa por uma fase de catolicismo fundamentalista, que tem como testa-de-ferro o rei Felipe II (Jordi Mollá), da Espanha. Apoiado pelo Vaticano e armado com a Inquisição, Felipe II planeja destronar a "herege" Elizabeth I, que é protestante, e restaurar o catolicismo na Inglaterra. Preparando-se para entrar em guerra, Elizabeth busca equilibrar as tarefas da realeza com uma inesperada vulneabilidade, causada por seu amor proibido com o aventureiro Sir Walter Raleigh (Clive Owen).

Criticas que o filme recebeu:
- “diálogos gelados e uma direção sem ritmo; existe um quê de novelesco no filme que incomoda” - Angélica Bito
- “a direção de arte impecável; belíssimos ambientes; e o caprichadíssimo figurino” - Angélica Bito
- “O filme é grandioso, elegante, delicado e sutil. A começar pelas cores vivas que há no figurino, contrastando com a frieza dos palácios e a opacidade das roupas dos homens.” - Rodolfo Lima
- “Um filme como esse a gente não esquece. Imperdível.” - Rodolfo Lima

O Figurino:
Com forte influência espanhola, as roupas dos tempos de Elizabete I, moldavam o corpo como argilas, com fios de ferro e algodão apertavam aqui, com crina enchiam alí, resultando deformações características como as finas cinturas presas por espartilhos. Que com placas de chumbo espremiam os seios (na época pouco valorizados), as mulheres gostavam de se prender dentro dos farthingales (saia-balão, com estrutura de aros de osso de baleia ou madeira). Os trajes chamados de elizabetanos eram feitos com tecido finos e brocados, dando muito valor à renda e pedraria, nas golas, mangas, saias, cintos. Os rufos eram golas que foram associadas á estética da rigidez. Foram usados por homens e mulheres Os primeiros eram confeccionados de tecido engomado e plissado Alguns modelos femininos surgiram como adaptação da gola dos vestidos, em tecidos rendados e leves; Os mais luxuosos vieram em tecidos mais nobres e leves, com aplicações, rendas e bordados; Os rufos posteriormente sofreram modificações, na parte da frente, criou-se uma abertura para valorizar o decote a partir daí receberam o nome de Medici.(essas só foram usadas por mulheres)
No início do século XVI, os homens vestiam-se com muitas roupas sobrepostas, algumas delas com um enchimento pesado. Usavam camisas de linho, sobre as quais vestiam um casaco justo chamado gibão. Sobre o gibão usavam uma jaqueta, prolongada em uma saia que descia até o quadril. Uma capa sobre o joelho, com mangas largas, vinha sobre a jaqueta. Os homens também usavam calções curtos e brifantes, costurados a meias justas. O uso dos bigodes firmava a masculinidade do homem.

Os adornos usados no filme:
As Jôias foram criadas por Erickson Beamon
Os Chapéus com penas são de Stephen Jones (chapeleiro da Dior)

Extended Trailer:



Carla Carolina Parga

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Análise



Editorial do fotógrafo italiano Andréa Giacobbe publicados na revista inglesa The Face, nos anos 90.

Foto1
•Lâmpadas em cruz - É visível a relação com a religiosidade
•Azul (ambiente), face serena - Ilustra a paz, que nos remete ao céu
•O Homem sozinho na primeira foto - antes da criação da mulher (Adão e Eva)
Foto2
•Cor vermelha - Pecado
•Cor verde - Fertilidade
•Posição do homem e da mulher - ato sexual
•Língua para fora da boca - Nos faz lembrar da historia de adão e Eva quando a serpente aparece representando a tentação. A serpente convenceu Eva a comer do fruto, e Eva convenceu Adão.
Foto3
•Fogão Pia e paredes com cores diferentes - Faz uma menção ao que ouvíamos antigamente; “mulher é para cuidar da casa limpar e cozinhar.”
•O roxo da roupa - representa a penitência
•A sujeira branca no chão - Seria um copo de leite que foi quebrado e sujou o chão; o leite faz pensar que ela esta grávida.
•Os pés machucados - Da mesma maneira que Jesus foi crucificado ela foi castigada por ter cometido o pecado.
Foto4
•Ambos estão sem roupas - De acordo com Adão e Eva eles aparecem nus, pois não são mais puros e começaram a ter pudor; depois do “pecado original” (ato sexual) eles foram expulsos do paraíso.
•Ambos parecem estar dentro de um elevador a caminho de algo - “... foram expulsos do paraíso” ou então, estão a caminho do julgamento final.
Foto5
•Verde - representa a fertilidade já que agora eles tem um filho
•As faces trocadas - Eles cometeram o mesmo pecado, ambos são impuros.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Historia da Arte e a Moda

O que o estudo de historia da arte pode ajudar na vida de um estilista?


Tanto nos estudos da Historia da arte como nos estudos da moda, há a necessidade de compreender a sociedade, a cultura, comportamento, entre outros aspectos, ou seja, ambos bebem da mesma fonte.
A arte já foi aplicada na moda diversas vezes em forma de releitura para as roupas de diversos estilistas famosos como: Yves Saint Laurent que usou de referencia quadros de pintores famosos, por exemplo: Pablo Picasso, Van Gogh, etc; também estudando o traçado de outras épocas, as cores, também podem ser usadas como referencia; podemos dizer então que a moda é alimentada pela arte.
A historia da arte pode nos ajudar a compreender o jeito que se pensava antigamente onde não se tinha todo esse conhecimento do mundo como hoje em dia, nos faz ter diferentes visões da arte, e nos dá uma possibilidade de interpretar de uma forma nova, por esse caminho os estilistas e todas as outras profissões que envolvem a arte em geral, podem usufruir dessa nova linguagem para se relacionar com suas criações.
Então percebemos que não só a historia da arte, mas sim como toda historia é importante para qualquer pessoa dês de um economista que precisa entender uma crise econômica, por exemplo, até um estudante de publicidade, o fato é que estudar a historia nos faz compreender melhor o presente.

Carla Carolina Parga

Compradores compulsivos

Os compradores compulsivos possuem controle sobre suas ações?

Não, o comprador compulsivo não possui controle sobre suas ações, ele compra de forma exagerada e sem necessidade.
Os primeiros compradores compulsivos são fruto do Capitalismo Monopolista (~1860 - ~1945), já que nesse período houve uma explosão no mercado mundial ocasionando uma taxa de crescimento econômico, a partir daí a sociedade de massa tornou-se a sociedade de consumo, a primeira compra por necessidade, a segunda influenciada pela propaganda passa a agregar valores maiores aos produtos comprando-os além da necessidade, visando obter status pela quantidade, já que na sociedade de consumo há um circulo vicioso de produzir e vender, tendo principal envolvido o consumidor e propiciando a compulsão.
Segundo um estudo, realizado pela Universidade de Brasília (UnB), para a sociedade o shopping center é como um espaço privado, criado para solucionar os problemas da cidade. Um “mundo isolado" no qual se foge do sol, chuva, poluição, e pedintes, por exemplo.
Dentro do mundo da moda, podemos observar de forma clara a influencia das marcas no relacionamento entre as pessoas e no status que se dá a posse de determinados produtos, roupas, sapatos, tênis, óculos de sol, Ipods, computadores, celulares e carros são os principais na lista de preferências.
O principal fator que leva ao consumismo é a novidade, por isso essa compulsão na moda é tão freqüente já que ela se atualiza de 6 em 6 meses.

*Indico:
Filme: Os Delirios de consumo de Becky Bloom -
Becky Bloom é uma jornalista financeira. Dá conselhos sobre como fazer render o dinheiro das pessoas. Becky tem um grande problema: ela mesma é uma compradora compulsiva, tudo o que vê é extremamente necessário e ela precisa ter.
Seus extratos bancários vivem no vermelho, ela paga seus cartões de crédito com outros cartões de crédito.
Becky consegue esconder de todos esse seu "pequeno" problema e cria desculpas muito criativas.


EM DUPLA

Carla Carolina Parga

Fernanda Esteves Ferreira

quinta-feira, 18 de junho de 2009

A Costura do Invisível

Em 2004, no SPFW, Jum Nakao apresentou requitada coleção, com 15 peças confeccionadas em papel que foram rasgadas pelas modelos ao final da apresentação.

Em 2004 Jum Nakao passava por uma forte crise financeira, e com aproximidade do evento SPFW, não conseguia encontrar uma solução para o problema, o caos que estava vivendo.
Então pensou, "ao invés de tentar resolver o caos, porque não representar esse caos?"
Foi assim que o desfile começou a tomar rumo.
Usando apenas papel Jum Nakao apresentou uma coleção inteira, com rendas bordados e muitos volumes, seguindo sua inspiração Art Nouveau um quase Barroco, do final do século XIX e início do século XX.
A proposta consistia em apresentar roupas que fossem desejadas, que tivessem um deslumbramento que durasse para sempre, e que de repente ao final da apresentação todas as modelos na entrada final para os agradecimentos rasgassem as roupas, neste momento o rasgar do papel representou o caos, um ato que respondia a varias perguntas, um objeto de arte que de repente desaparece e gera uma dúvida.
A maquiagem das modelos com apenas boca e sombrancelhas pintadas de preto e o resto de branco passavam um olhar de conto de fadas, um olhar distante, e a identidade das modelos era esquecida, o que somente importava era o conceito de tudo aquilo, as cabeças de bonecos playmobil nas modelos criaram um suspensão do tempo: passado, presente e futuro se uniam como um sonho.
Para o cenário Jum Nakao tinha como idéia colocar varios animais feitos tambem de papel, leões, tigres, jacarés, para passar a ideia de algo surreal, mas como o tempo era muito curto ficaria inviável, então foram feitas anêmonas que quando reagiam com a luz negra e outras luzes conseguiam alcançar o objetivo da idéia.
A trilha sonora conduzia o olhar, e trazia para a passarela diferentes significados, melancolia, perda, que no final, se transformava em um rock meio karaokê que passava a idéia de uma manipulação da realidade, então as modelos paravam onde parecia-se uma contemplação e rasgavam as roupas feitas de papel.

Depois deste desfile Jum Nakao leiloou uma das peças que não foi rasgada no desfile e pagou todas suas dividas.

Hoje ele é o diretor de arte da FAAP, nao se apresenta mais na SPFW e lançou o livro: A costura do invisível, que conta como foi o desfile.


Carla Carolina Parga

O que é o Efeito Fashion?

Com intuito de apresentar minha caminhada Universitaria postarei neste blog todos os meus trabalhos para todos que tiverem a curiosidade de me acompanhar nessa nova fase da minha vida.
Sejam bem vindos!!!